sexta-feira, 15 de abril de 2011

Entrevista com o especialista em: Pacificação e táticas de guerrilha em ...

Daniel Obregon e eu improvisando na apresentação final da Oficina de Teatro-Esporte do Edson Duavy. Uma apresentadora de programa da tarde que passa às 2 h da madrugada entrevista um especialista em rebeliões em creches. Participação especial na cena de Alana Andrade, João Morgado e do meu amigo Yuri que joguei numa fria.


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Retratar Período Histórico Não é Sinônimo de Qualidade

Lendo comentários sobre "Amor e Revolução", novela do SBT que aborda o período militar, pela  internet afora, li de muitos peseudos intelectuais que as pessoas criticam a novela porque são alienadas, não dão valor à aula de História que é a novela (novela é entretenimento, qualquer coisa a mais é adendo), que são viciadas na Globo, que tem preconceito com o SBT, que a novela é maravilhosa porque fala do período da Ditadura., e que as pessoas preferem se alienar com novelas sobre traiçõezinhas. Nada disso é verdade. As pessoas criticam, e eu me incluo, "Amor e Revolução" porque é uma novela ruim. Isso mesmo, "Amor e Revolução" é simplesmente ruim.
Não é porque uma novela aborda um período histórico e importante do Brasil que é uma boa novela. O período da ditadura já foi sim muito bem retratado dramaturgicamente em Anos Rebeldes. Mas em “Amor e Revolução” a coisa não funciona. Definitivamente Tiago Santiago não é um bom dramaturgo. Seu texto é piegas, extremamente didático e usa e abusa de frases de efeito e lugares comum. Além disso, a novela é protagonizada por atores medíocres, como Cláudio Lins, Graziela Schimitt e Nico Puig, e a direção deixa a desejar, tornando as cenas de ação um tanto quanto fake. Uma coisa simples como sangue artificial eles não estão conseguindo fazer, tem aspecto de groselha aquilo. Aliás, Tiago Santiago deveria dar as mãos ao Walcyr Carrasco, porque os dois tem um texto incrivelmente pobre, embora, quase sempre, criem tramas interessantes, só que tramas interessantes, sem um bom texto e um bom desenvolvimento não adiantam nada. O fato de “Amor e Revolução” ser ruim é esse, não basta retratar um período histórico, tem que saber criar personagens, criar tramas e acima de tudo escrever bons diálogos. Dizer que quem não gosta de “Amor e Revolução” é alienado, porque não valoriza uma trama que mostra a História do Brasil, são pseudos intelectuais, que acham que basta se revestir de pretensa seriedade, para um produto artístico ser de qualidade e alto nível. Pra mim, uma novela tem que ter qualidade dramatúrigica, seja histórica, dramática, cõmica, sobre dramas cotidianos e traiçõezinhas. Infelizmente, “Amor e Revolução” não tem qualidade dramatúrgica.